sábado, 8 de fevereiro de 2014

Magno



Início de outono europeu, começando a esfriar de leve, amigos em casa, horas e horas pra fazer o jantar, afinal o mais gostoso de tudo aquilo era justamente a união, a falta de pressa, os risos calmos, soltos, livres e serelepes. A trilha sonora mista ao fundo, democrática, com músicas em várias línguas. Foi assim que você apareceu na minha vida. Você chegou pra mim nesse cenário mágico. Sua mancha na cara, seus óculos grandes e o seu riso mais sincero do mundo. Suas cantorias, suas coreografias e seus abraços repentinos. A brasilidade em forma de amigo. E põe amigo nisso.

Foram noites em claro falando o que dava na telha, abrindo baús pesadíssimos repletos de loucuras, traumas, amores, family issues e tudo e qualquer coisa que a gente sentia que deveria falar. E, passado um tempo, nem precisava mais falar. Era só olhar e, ás vezes, nem olhar. Nos entendíamos pela falta dele, assim como pela falta do riso e pela falta do encontro. Era tudo muito fácil, muito lógico, quase como se nós mesmos sentíssemos a dor e a alegria do outro.

Meu amigo, meu grande amigo de toda essa experiência maravilhosa que Lyon me deu, eu só tenho a te agradecer. Obrigada por tudo que eu nunca vou conseguir colocar em palavras. Eu me apaixonei e me reapaixonei por você mil vezes nesse intensivo de nós dois que fizemos desde que você pisou lá no meu apartamento para um jantar descompromissado. As viagens, as tardes, as festas, enfim, tudo o que vivemos juntos foi muito especial pra mim, mas principal e simplesmente porque você que estava comigo nesses momentos. Merci, mon chéri, te espero por aqui.

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